quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

JUÍZES SEM ROSTOS

Em entrevista à rádio Jovem Pan, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Desembargador Ivan Ricardo Sartori, entre vários assuntos abordou a criação de varas de execução penal, onde os juízes, não seriam conhecidos pelos réus(juízes sem rostos). Ora, se a pessoa escolheu uma carreira que se sabe perigosa, se o Estado não pode lhe dar a necessária segurança, a criação desse tipo "proteção" é o ideal?

Durante toda a entrevista, que concedeu o Presidente do Tribunal de Justiça, respondeu várias questões formuladas pelos jornalistas da rádio Jovem Pan, perguntas que ao sentir deste humilde escriba, foram formuladas com excesso de zelo. Os jornalistas não abordaram tema com a morte e a investigação sobre o antigo Presidente do Tribunal(Viana Santos), preferiram os jornalistas tecerem loas a criação de um gabinete de crise, para se "estudar" as concessão  de saídas temporárias aos presos do regime semiaberto, a comparação do sistema prisional dos Estados Unidos com o sistema tupiniquim.

Será que se esquece o nobre Presidente, que, aqui é o Brasil e, essas comparações estapafúrdias, sempre com sistemas de prisões americanas, em nada ajuda a criação de ações necessárias ao combate da criminalidade em nosso País.  O Presidente do Tribunal se entregou ao sensacionalismo que permeia o jornalismo da rádio Jovem Pan, a entrevista foi digna de candidato a cargo eletivo. Obrigar preso a trabalhar; acabar com visita íntima,  onde o senhor Presidente pensa que conseguirá pôr em prática essas sugestões? Assistindo toda a entrevista, chego a acreditar que o Tribunal de Justiça de São Paulo, está sendo presidido por um ser de outro planeta.

Omitiu também o Presidente, que, o sistema de digitalização dos processos é apenas na área cível, pois, na área criminal ainda não existe prazo para a implantação. É necessário ainda frisar que a digitalização não é a pancéia para a lentidão do judiciário, vejamos na esfera do Superior Tribunal de Justiça, onde um habeas corpus demora anos para ser julgado. A conclusão é que o Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, não tem um programa sério para enfrentar a criminalidade e está apenas cumprindo a meta de tempo de seu mandato frente ao maior Tribunal do País, uma vergonha.

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